Trazendo inovações para enfrentar os desafios do século 21.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Bunker Roy - Aprendendo com um movimento de pés-descalços

Esse vídeo do TED é fantástico, e está muito relacionado à igreja e em parte com proposta do blog. Muitas soluções de problemas que enfrentamos estão com as pessoas mais simples da estrutura em que nos encontramos. Em qualquer contexto, seja nas relações de trabalho, igreja, ou na sociedade em geral, precisamos deixar de lado a arrogância e ouvir e aprender com as pessoas mais humildes e que executam as tarefas mais simples. Elas são capazes de realizar coisas incríveis.



terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O Celeiro

Olá a todos

Fiquei um bom tempo sem publicar nada nesse blog, tanto por questões pessoais quanto por trabalho.


Antes de encerrar o ano, gostaria de compartilhar esse vídeo, já antigo, mas muito interessante abordando a visão de "como conduzir um projeto".



Muito mais que a visão sobre o que é um projeto, esse vídeo retrata como a igreja deveria funcionar.


Um abraço a todos, e feliz 2012.

Renan Alencar de Carvalho

terça-feira, 31 de maio de 2011

#UniversidadeTwitter

A partir de hoje, gostaria de lançar uma campanha pela construção do conhecimento livre e gratuito, através da colaboração dos internautas brasileiros.

A idéia é simples.

Todos os dias, de segunda a sexta, pessoas oferecerão tweetcams com "aulas" sobre um assunto que seja do seu domínio (qualquer assunto), referenciando a hashtag #UniversidadeTwitter. Assim, as pessoas que estiverem no twitter poderão buscar as "aulas" disponíveis no momento que sejam do seu interesse pela hashtag, e participar através da tweetcam.

Quanto mais pessoas participarem da campanha, mais opções de "aulas" teremos no Twitter, e mais conhecimento estará sendo gerado e compartilhado.

A hashtag oficiail dessa campanha é:

#UniversidadeTwitter

Outras hashtags mais específicas poderão ser criadas, como #UniversidadeTwitterAdministração, ou no contexto desse blog, #UniversidadeTwitterCristã, mas sempre referenciando a hashtag oficial.

Vamos criar conhecimento juntos?

Se você gostou dessa idéia, tweet para seus amigos, e ajude a fazer da internet um local de conteúdo livre e de qualidade!



Ps.: Não sei se a idéia já existe no Brasil, mas pelo menos não encontrei nada na hashtag #UniversidadeTwitter.

terça-feira, 3 de maio de 2011

e-Church - Abordando a igreja "2.0"

É inegável o impacto e transformação que a internet causou na sociedade. Os meios de negociação, trabalho e repalcionamento tem mudaram, o e-comerce se tornou algo cotidiano, levando inclusive a diversas lojas deixarem de existir fisicamente para atuar apenas no mundo virtual. As notícias e acontecimentos são divulgadas quase instantaneamente, não somente pelos canais de comunicação normal, mas por pessoas comuns que se tornam referencia em um determinado assunto, o conhecimento é criado de forma colaborativa de diversas partes do mundo, e amplamente divulgadas através de redes sociais, blogs, foruns etc. O próprio modo de relacionamento entre as pessoas mudou. Para muitas pessoas é mais comum conversar e por redes sociais do que pessoalmente. O ensino a distância (EAD) aumentou consideravelmente, e existem até mesmo faculdades oferecendo curso de graduação pelo Facebook. Toda essa revolução é muito bem mostrada na séries de vídeos "Você sabia?" ("Did You Know?"), que pode ser encontrada no site do youtube.

Toda essa mudança é alavancada pela rápida inovação tecnológica que passamos. Os meios de acessos e consumo de informação estão cada vez menores e portáteis, além de financeiramente mais acessíveis. As interfaces de uso estão cada vez mais intuitivas e mesmo pessoas com pouco conhecimento em informática são capazes de operar um tablet como o iPad®. De fato, o acesso ao ambiente virtual tem se tornado tão intuitivo e portátil que muitas vezes o mundo real e virtual se mesclam, e conceitos como realidade estendida (ou sexto sentido), ou presença remota se tornam cada vez mais comuns. Apenas como exemplo, existem robos sendo vendidos para o mundo corporativo em que o funcionário manipula remotamente seu "avatar" de sua residência e interege com seus colegas de trabalho como se estivesse presente na empresa, participando de reuniões, debates, conversas no café etc.

Outro fator que influencia essa migração para mundo virtual são os crescentes problemas que os grandes centros urbanos geram, como violência e trânsito. A locomoção para estar fisicamente em um lugar tem se tornado cada vez mais complicada nos grandes centros. Em  São Paulo, onde resido, é extremamente comum demorar entre 1 e 2 horas para fazer em um trajeto em horário de pico que normalmente levaria de 10 a 20 minutos. Em épocas de chuvas e alagamentos, se torna inviável ir para alguns lugares da cidade, além da crescente violência, que inibem a circulação em determinados lugares e horários.

Todo esse contexto apresenta uma grande oportunidade para a igreja. Temos a oportunidade de romper a barreira física, e nos relacionarmos como igreja idenpendentemente do local ou distância que estejamos uns dos outros. Existem diversas possibilidades na expansão virtual, mas vou  citar alguns benefícios imediatos

Pregação - Podemos levar o evangelho de forma muito mais rápida e barata para muito mais pessoas ao redor do mundo, além de ser uma forma mais segura em países fechados para o evangelho. Outra vantagem é que podemos utilizar diversos recursos para complementar o que está sendo pregado, mapas, fotos etc.

Acessibilidade - Pessoas que estariam incapacitadas para estarem em um culto fisicamente (sejam por problemas de saúde, impossibilidade de locomoção ou qualquer outro motivo) poderiam participar junto com a igreja, cantando, louvando, orando e ouvindo da palavra do Senhor.

Ensino - Através das práticas de EAD, poderíamos educar e formar pessoas em diversas partes do mundo, ou mesmo ensinar para uma quantidade de pessoas muito superior ao que seria possível colocar em uma sala física.

Jogos e realidade virtual - Apesar de ser um conceito relativamente novo, existe uma tendência para se utilizar jogos e mundos virtuais com o fim de educação, reunião e produção de conhecimento. Um exemplo disso é o CityOne, jogo lançado pela IBM para educar executivos e consultores sobre o seu programa Smarter Planet ("Um mundo mais inteligente"), e como aplicar as diversas ferramentas disponíveis pela empresa. Similarmente, poderíamos criar jogos educativos sobre a bíblia, valores éticos, princípios etc, atingindo principalmente o público infantil.

Reuniões - Muitas vezes é preciso reunir pessoas para resolver determinados assuntos. Utilizando tecnologias de tele-presença, voip e outras tecnologias de comunicação, poderíamos resolver problemas de forma mais rápida, resultando em ações mais rápidas e precisas.

Aconselhamento: Muitos dos problemas que as pessoas passam (especialmente os não sejam tão delicados ou que não envolvam muitas pessoas) poderiam ser atendidos por um conselheiro ou pastor via internet, seja por mensagens, ou por tele-presença. Isso representaria uma capacidade maior de atenção para mais pessoas, pois retira-se o tempo de transporte.

Antes de concluir esse post, gostaria de deixar claro que não estou propondo uma troca no nosso modo de se relacionar como igreja, e que a relação física (frente a frente) deva ser deixado de lado. Pelo contrário, ainda não existe nada que substitua o "estar frente-a-frente". No entanto, não podemos descartar as oportunidades e benefícios que a tecnologia tem nos proporcionado. Vejo que ainda poucas igrejas têm investido algo nesse sentido, e engana-se quem pensa que somente as grandes igrejas conseguirão ter esse tipo de infra-estrutura. Uma das poucas igrejas que conheço que disponibiliza seus cultos em tempo real via web, com a possibilidade de intereção das pessoas, é uma igreja pequena.

Concluindo, vejo um futuro cheio de possibilidades e desafios pela frente, e como igreja, devemos nos preparar para aproveitá-los a favor do reino. Não podemos ignorar as mudanças comportamentais que temos sofrido devido ao rápido avanço tecnológico, mas devemos entendê-los e aproveitá-los. Espero que esse post tenha ajudado a você enxergar o investimento em tecnologias como o site da sua igreja como uma oportunidade de expansão do reino, e não como algo supérfluo. Incentive a sua igreja a utilizar redes sociais, fóruns, blogs, programas em Cloud Computing, faça do site de sua igreja um portal dinâmico e útil para as pessas, invista em tecnologias de transmissão de vídeos ao vivo... mas sempre sem perder o foco que esse investimento é para alcançar vidas.





Como suporte para esse post, gostaria de apresentar alguns vídeos que demonstram essa tendência de mescla entre mundo real e virtual, e de como isso continuará mudando nossa sociedade e, conseqüentemente, como a igreja interage com ela.

Um dia feito de vidro.
Pattie Maes & Pranav Mistry: Unveiling the "Sixth Sense"
Nokia Morph Cell phone
Cell phones of the future


Um grande abraço,

Renan Alencar de Carvalho

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Singularidade - Tecnologias Exponenciais e seus impactos

Antes que você comece a ler esse post, gostaria de pedir que você se esforce em ler todo o seu conteúdo (não precisa ser de uma vez) e, se possível, ler os conteúdos dos links e vídeos relacionados. Talvez muita coisa pareça apenas devaneios de um filme de ficção científica, mas acredite que nada do que estou falando está em um futuro muito longe. Gostaria que você refletisse com seriedade sobre os temas que estou abordando, e de como eles impactam nossa sociedade, e conseqüentemente, a nós, igreja.




Introdução

Recentemente eu fiz um curso de extensão executiva pela Singularity University (S.U.), faculdade sediada na NASA (Agência Espacial Americana), em parceria com empresas como o Google e Autodesk. A proposta da SU é formar gestores e líderes para enchergarem como utilizar as novas tecnologias para literalmente mudar o mundo. Para se ter idéia, o trabalho de finalização do curso, que dura aproximadamente 10 semanas, é construir uma proposta de um projeto (viável) que impacte 1 bilhão de pessoas em 5 anos. Apenas alguns exemplo de projetos, um grupo estava desenvolvendo uma forma economicamente viável obter água potável da água do mar, utilizando nanotecnologia. Outro grupo estava utilizando o conceito de impressoras 3D (vídeo de exemplo) para "imprimirem" casas de forma rápida e barata, entre outros.

O curso que fiz foi um condensado de uma semana, normalmente ministrado em empresas, e foi o primeiro curso ministrado fora dos EUA. Isso já vale nossa primeira reflexão desse texto. Quando foi anunciado a parceria entre a SU e a FIAP (Faculdade brasileira que sediou o curso) no primeiro semestre, houve uma série de palestras sobre a SU com dois de seus representantes. Em uma das palestras que participei, perguntaram para o Salim Ismail, ex-vice-diretor da Yahoo, sobre o porque da escolha do Brasil. A resposta levou em conta vários fatores, mas um que me chamou a atenção foi a de que "o Brasil possui todos os problemas do mundo, tantos de países sub-desenvolvidos como os de países de primeiro mundo. Sendo assim, uma solução que dê certo aqui, tem grande chance de também funcionar para o resto das nações". Imediatamente, eu pensei em relação a igreja. Será isso também vale para nós (igreja)? Será que a igreja brasileira teria condições de alcançar e estruturar a igreja em qualquer nação? Vale pensar.

Conceitos fundamentais do Curso

Antes de falar sobre as tecnologias em si, gostaria que você entendesse dois conceitos importantes:

Singularidade Tecnológica

Segundo a definição que está no wikipedia, "Singularidade tecnológica é a denominação dada a um evento histórico previsto para o futuro, no qual a humanidade atravessará um estágio de colossal avanço tecnológico em um curtíssimo espaço de tempo". Outra definição, talvez um pouco mais radical, seja do cientisra Vermor Steffen Vinge, onde ele diz que "Com o avanço da tecnologia, em um futuro próximo, criaremos - ou nos tornaremos - criaturas que ultrapassem os seres humanos nas dimensões intelectual e criativa. Eventos que vão além disso, são tão inimagináveis para nós quanto uma ópera é para um verme".
Embora pareça um pouco de ficção científica, diversas áreas da ciência estão demonstrando que esse ponto de inflexão realmente acontecerá. Vivemos em um momento nunca antes vivido pela humanidade em diversos aspectos. Hoje conseguimos destruir completamente todo o planeta em que vivemos mas também conseguimos sintetizar vida biológica, estamos inter-conectados 24 horas do dia com qualquer parte do mundo, acompanhando acontecimentos em tempo real e a geração de informação é tanta, que em um jornal de domingo do New York Times possui mais informação do que toda o conhecimento gerado no século XVII ou XVII.

Acredite, estamos cada vez mais caminhando para a singularidade.

Lei de moore

Por volta de 1965, o presidente da Intel, Gordon E. Moore, disse que "O poder de processamento dos chips teriam um aumento de 100%  a cada período de 18 meses". Com o passar dos anos, a previsão de Moore se mostrou acertiva, e ficou conhecida como a Lei de Moore.
O problema dessa evolução exponencial é que nós não a entendemos muito bem naturalmente. Fora da matemática, nós tendemos a enxergar as coisas de forma linear, como "a evolução da pesquisa será de x% ao mês". Mas a evolução exponencial tem um comportamento bem diferente. No começo de sua curva, ela até se parece com uma evolução linear, mas passado um determinado ponto, o seu crescimento parace ser infinito (veja o gráfico abaixo).



Apenas como exemplo, se você dar 30 passos percorrendo 1,5 metros a cada passo, você consegue andar meio campo de futebol (na menor medida). Mas se você dobrasse a distância de cada passo a cada passo dado, você conseguiria ir à Lua e voltar duas vezes.
Mas um ponto importante sobre a Lei de Moore, é que não somente a potência de processamento aumenta exponencialmente, como o preço e o tamanho diminuem também exponencialmente, além do tempo entre cada fase. Para isso, basta lembrar dos primeiros computadores, que ocupavam salas e eram caríssimos, e olhar para um smart-phone ou um iPhone hoje. E essa evolução continua. Segundo a projeção da SU, até 2023, um computador terá a mesma capacidade de processamento do cérebro humano. Até 2050, terá a mesma capacidade de todos os cérebros de todas as pessoas da Terra.
Para entender melhor esse conceito, aconselho a você parar um pouco a leitura do blog e assistir ao vídeo do  link abaixo, com a palestra do Ray Kurzweil, um dos fundadores da SU.

Palestra do Dr. Ray Kurzweil no Programa Executivo da SU - Legendado.
http://www.youtube.com/watch?v=P19yx3egZbs&feature=player_embedded

Tecnologias exponenciais


Vou falar apenas de algumas tecnologias faladas durante o curso.

Biologia Sintética

Com o avanço da biologia, descobrimos que toda a informação de um ser vivo está contida em seu DNA, ou seja, uma série de ligações entre substâncias (Adenina,Citosina,Guanina e Timina) que condificam todas as características desse ser. Com a evolução da computação, conseguimos entender sua codificação, identificar padrãos, eliminar duplicidades e começar a re-ordena-las, alterando suas funcionalidades. Fazendo uma conparação com o computador, a grosso modo, o DNA seria como o "código de máquina" da célula, a programação no nível mais baixo. Agrupando seus comandos em funções e pacotes, é possível subir o nível e tornar sua codificação viável para qualquer pessoa, ou seja, hoje podemos controlar, alterar ou mesmo criar vida.
O ponto de inflexão aconteceu em maio de 2010, quando uma equipe do J. Craig Venter Institute criou a primeira bactéria com um DNA totalmente sintetizado no computador (leia mais aqui).
Muitos estudos estão sendo feitos nessa área, como por exempla a alteração de bactérias para produzirem bio-combustível (leia mais aqui). Já existem até mesmo softwares para baixar na internet e trabalhar com a programação de DNA. Anualmente o MIT promove uma competição entre alunos de graduação para as melhores pesquisas nessa área, fornecendo todo o material para as equipes inscritas.
Ao mesmo tempo que as perspectivas de avanço dessa tecnologia são enormes, os problemas éticos em que ela esbarra também, especialmente para nós cristãos. Hoje estamos estamos manipulando apenas bactérias, seres vivos muito simples. Mas e quando começarmos a manipular seres complexos? E quando pudermos manipular o DNA de nossos filhos, escolhendo coisas como cor, cabelo, força física, resistência a doenças etc? Indo mais longe ainda, e quando pudermos "criar" um ser vivo inteligente, sintentizar um ser-humano sem pais biológicos? Ele terá espirito? Ele precisará da salvação de Cristo? Como será explicar para nossos filhos um Deus criador sendo que eles próprios serão capazes de "criar" vida?

Para mais informações, assista os vídeos abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=gSEFyvZ8INY
http://www.youtube.com/watch?v=yWGR0zCq824
http://www.youtube.com/watch?v=fOX3xtOJWSI

Tecnologias médicas


A tecnologia tem feitos grandes avanços na medicina, principalmente no que se refere às tecnologias visuais e de de diagnósticos, mas ainda tem muita coisa para acontecer.
Acompanhando a Lei de Moore, a decodificação do genoma humano tem se tornado cada vez mais rápido e barato. O primeiro genoma demorou aproximadamente 10 anos para ser feito, e custou cerca de 300 milhões de dólares. Hoje você pode decodificar todo o seu genoma por aproximadamente 10000 dólares em pouco mais de uma semana. Com o barateamento da tecnologia e o aumento da capacidade de processamento dos computadores, a medicina poderá agir de forma preventiva de acordo com cada pessoa específica. Você saberá desde pequeno que tem uma probabilidade de 70% de ter diabete aos 30 anos, e poderá crescer agindo de forma a evitar isso. Os remédios serão produzidos de forma totalmente individual, conseguindo o melhor benefício possível para cada indivíduo.
Outro avanço que continuará a ocorrer será o monitoramento e ação médica a distância. Mesmo sem ter um médico em uma região isolada, será possível realizar todos os exames, operações e cirurgias. Já existem interfaces sendo desenvolvidas para celulares, onde você, por exemplo, poderá acoplar uma câmera de ultrasom, e passar as informações em tempo real para um médico, ou uma clínica. O médico poderá acompanhar todos os dados vitais de seu paciente, ou mesmo se ele está tomando os remédios corretamente, utilizando RFIDs nos comprimidos.
Apesar das discussões éticas, o uso de células troncos também promete grandes realizações. Aliada com impressoras 3D utilizando células, a medicina regenerativa deve conseguir reproduzir órgãos, eliminando o problema das esperas de transplante e de rejeição de órgãos de outras pessoas. Um sonho da medicina regenerativa também é entender, retardar e até mesmo reverter a velhice. Durante o meu curso, o palestrante dessa matéria disse não existir razões biológicas que impeçam isso.
Outro avanço será a interface entre homem e máquina. Diversos estudos conduzidos nessa área capacitarão pessoas que sofreram amputações a terem todos os movimentos restaurados, e até mesmo melhorados. Apenas para ilustrar esse avanço, abaixo estão algumas matérias retiradas do site Inovação Tecnológica sobre esse assunto:

- Cientistas fazem conexão elétrica com células vivas
Próteses biônicas serão ligadas ao cérebro com luz
Pernas robóticas começam a ser testadas por deficientes

O professor de robótica do meu curso, o ex-astronauto Dan Barry, especialista em engenharia robótica e também médico, citou algumas de suas pesquisas nessa área. Em uma delas, ele acopla um chip no cérebro da pessoa capaz de registrar seus impulsos neorológicos, e gerar comandos simples de movimento de uma bola a sua frente. Com algum tempo, o paciente aprende como se "comunicar" com esse chip e é capaz de mover a bola a sua frente.
Novamente, os avanços da tecnologia médica prometem coisas fantásticas, mas devemos refletir de como ela impactará nossa sociedade e a nós igreja. Com tantos avanços na medicina, será que lembraremos de orar por nossa vida e saúde?

Robótica

Não é de hoje que os filmes de ficção científicas projetam robôs inteligentes vivendo e interagindo com seres humanos. Talvez seja uma das idéia mais comuns do imaginativo futurista, desde a Família Jetson, a filmes clássicos como Guerra nas Estrelas. Porém, quando saímos da ficção e vamos para a realidade, a robótica não parece tão amistosa, nem o nosso relacionamento com eles, principalmente quando falamos de robôs inteligência artificial.
Mas o fato é que os robos estão se tornando cada vez mais aperfeiçoados, com movimentos mais orgânicos (veja vídeo), expressando sentimentos (veja vídeo), começando a "aprender" (veja reportagem) e com movimentos mais rápidos e precisos do que homem (veja vídeo). Em breve, o trabalho físico, os trabalhos de baixo nível e principalmente os trabalhos perigosos deixarão de ser feito por pessoas, e passará a ser realizado por máquinas. Mesmo áreas mais sensíveis como arte (ver reportagem) e teatro (ver vídeo) estão tendo seus espaços "invadidos" pela robótica.
Claro que a robótica trará muitos benefícios. Ajudará a salvar vidas, produzir produtos mais baratos, cuidar de pessoas, recolher materiais no espaço (falarei disso mais a frente), a explorar e colonizar outros planetas (como já acontece em Marte), entre tantas coisas. Mas também tem seus problemas. O primeiro é na questão de trabalho. Muita gente perderá suas vagas de trabalho. Não que isso seja ruim no longo prazo, pois o que deve acontecer é uma mudança de perfil de trabalho (vale a pena ler os textos do sociólogo italiano Domenico de Masi sobre isso), mas para isso a educação no nosso país terá que melhorar muito. Além disso, existe a própria questão de aceitação dos robôs convivendo com a sociedade. A animação  "Animatrix" (animação sobre a história do filme "Matrix") aborda bem essa questão.
Para nós, igreja, a pergunta é como lidaremos quando robôs estiverem ao nosso lado, realizando atividades junto do culto? Será que vale substituir o trabalho de pessoas, como o recolhimento de dízimos (só por exemplo) , ou devemos rejeitar o uso de máquinas em função da comunhão de pessoas? No post "A Igreja Automática" eu coloquei uma crítica feita por Osmar Santos justamente em relação a esse assunto. Vale dar uma lida.

Inteligência Artificial

Não é de agora que se fala em Inteligência Artificial (IA). Na verdade, o conceito já é até antigo, e de certa forma, não foi feito nada extremamente surpreendente, abrindo um novo horizonte sobre o assunto. Mas o que de fato está acontecendo é o aumento exponencial da capacidade de processamento, resolvendo um dos grandes problemas para implementação de IA. Os algorítmos matemáticos por trás de IA são muito complexos e exigem uma grande capacidade de processamento.
Com a evolução da informática, algorítimos que não eram viáveis anteriormente passam a se tornar possíveis, e de fato estão sendo utilizados em diversas áreas, como na medicina diagnóstica. O conhecimento de vários médicos é substituido por um software que analisa todos os dados do paciente, cruza informações de seu histórico com as informações de sintomas de doenças e fornece o diagnóstico do paciente.
Existem "n" aplicações para IA, como em sistemas de trânsito, distribuição de água, energia elétrica, sistemas de estoque, carros, eletrodomésticos etc. Poderemos delegar a análise de situações complexas e de várias variáveis para os sistemas de IA, e apenas ler seus resultados. Dependendo do caso, podemos deixar que o próprio sistema decida qual ação tomar e aja sem intervenção humana.
Caso você não tenha lido, no post Segurança Inteligente eu escrevi sobre o uso de IA na área de segurança para casas. De certa forma, a proposta do post já acontece em grandes cidades do mundo. Em londres, por exemplo, no caminho de casa para o trabalho uma pessoa é filmada/fotografada em média 200 vezes. Essas informações visuais são processadas por sistemas com IA que cruzam essas informações, analizam bases dados como a da polícia, e identificam pessoas e/ou comportamentos suspeitos. Há algum tempo atrás eu assisti uma reportagem sobre uma cidade americana onde microfones espalhados em regiões de conflitos de guangues captavam o barulho de disperos, e calculavam qual o tipo de arma, calibre, quantidade de armas envolvidas no disparam e a origem com uma precisão de metros.
O grande ponto de insegurança das pessoas em relação a IA é: "As máquinas terão consciência?". Bom, para começar, precisaríamos entrar na discussão de o que é consciência. Um golfinho é consciente? E um sapo? E  uma pulga? Qual o limite para a definição de racionalidade e consciência? Honestamente, não sei responder, mas se tiver que chutar, eu diria que isso acontecerá um dia.
Em relação a esse assunto, não consigo enxergar muitos impactos ruins para a igreja. A IA não irá nos substituir, mas aumentar nossa capacidade de análise e decisão. O maior inconveniente seria uma possível tendência de acomodação e alienação das pessoas. Diversos estudos mostram que é a dificuldade que gera a inovação e a evolução das pessoas, no entanto, como os problemas também crescerão exponencialmente junto com as tecnologias, creio que as pessoas não terão muito tempo para alienação.

Nanotecnologia


De todas as tecnologias abordadas no curso, a nanotecnologia talvez seja a que esteja no estágio mais embrionário. Apesar disso, ela tem chamado cada vez mais a atenção da sociedade em geral, e com certeza será uma das tecnologias com maior impacto revolucionário quando entrar de fato no mercado.
Primeiramente,  vamos definir o que é nanotecnologia. Existem duas visões sobre o assunto , uma a de objetos com menos de 100 nanômetros (10 elevado -9 metros). Para se ter uma idéia, isso seria cerca de 2000 vezes menor que a menor célula conhecida (cerca de 2 micrômetros).
A outra visão é a construção de estruturas no nível atômico. Durante o curso da SU, foi demonstrado (em um modelo químico hipotético), como seria a construção de um diamante*, manipulando átomos de hidrogênio (H), carbono (C) e germânio (Ge) (o Ge é utilizado apenas temporariamente em alguns passos, não faz parte da estrutura atômica do diamante, composto por C e H). O problema da construção no nível atômico de forma posicional, é como "segurar" um átomo e levalo até a posição correta. Uma possibilidade seria com raio trator (ver reportagem).
As possibilidades de aplicação da nanotecnologia são infinitas. Citando apenas duas, imagine "nanorobôs" dentro do seu corpo, monitorando suas funções vitais no nível celular, talvez até intervindo em determinados problemas. Talvez conseguiríamos eliminar um câncer, retirando célula por célula do mesmo. Outra utilização seria a Smart Dust (poeira inteligente), onde nano-processadores seriam interligados, formando uma rede de processamento. Embora a capacidade de processamento individual seja muito baixa, a soma dos milhões (bilhões, trilhões...) de processadores levariam a capacidade de processamento a um nível inimaginável.

*Apenas de curiosidade, hoje existem outros métodos para criação de diamantes, como a que o Pelé fez com o cabelo dele (ver vídeo).

Produção de energia

Para manter nossa sociedade em ampla evolução, tanto em termos quantidade de pessoas, quanto em quantidade de consumo, precisaremos redefinir as formas de obtenção de energia, sem ferir o meio ambiente em que vivemos. Isso implica em uma série de desafios e problemas.
O primeiro problema é como gerar a energia de forma limpa e barata. Existem diferentes estudos sobre isso, cada um com suas vantagens e desvantagens. Talvez a forma que se torne o "padrão" no futuro seja a energia solar. Para se ter uma idéia do seu potencial energético, se somarmos todo o combustível fóssil existente no planeta (que existe hoje e que já existiu em toda a sua história), seu potencial energético equivale a 5 dias de luz solar. No entanto, outras soluções vem sido desenvolvidas. Uma grande porta que foi aberta recentemente foi em relação aa anti-matéria, capturada pela primeira vez nesse ano (ver reportagem).
O segundo problema é quanto o armazenamento e distribuição de energia. Eletricidade não pode ser armazenada. Uma vez colocada na rede distribuição, ela deve ser consumida ou dissipada. Existem diversos artifícios, como baterias elétricas, reservatórios de água, câmaras de ar comprimido, entre outros, mas ainda precisam de muitos avanços para melhorem sua eficiência. A distribuição de energia também é um desafio, pois perdermos muita energia ao longo das redes de distribuição. Em países como o Brasil, onde a produção de energia está centralizado em grandes hidro-elétricas, a perda de energia é monstruoso.

Em relação de como a igreja pode utilizar utilizar essa questão de energia (e sustentabilidade) a seu favor, aconselho a você ler o post "Pensando Verde" do blog.

Espaço


Em muitos aspectos, o planeta Terra está se tornando limitado em capacidade de recursos e espaço. Apenas como ilustração, passando os meus dados em um link da organização WWF que apontava a quantidade de "Terras" necessárias para manter a população mundial caso todas as pessoas tivessem o mesma hábito de consumo do que eu, resultou em mais de 4 vezes. Para um norte-americano, em média, passava de 6 vezes a capacidade da Terra. Naturalmente, isso nos leva a olhar para fora da Terra.
Primeiramente, vale falar que a viagem ao espaço não é uma exclusividade de agências espaciais governamentais, como a NASA. Essa barreira foi quebrada quando a X-Prize foundation ofereceu um prêmio de 10 milhões de dólares ao grupo que construisse uma espaço-nave que conseguisse ir e voltar ao espaço por 2 vezes em uma semana. Hoje já está já existe uma "aeroporto" para empresas particulares para vôos espaciais.
Estudos mostram que existe uma enorme quantidade de diversos metais em pequenos meteoros ao redor da Terra. Mesmo na Lua, existem grandes quantidades de metais que podem ser explorados, inclusive metais preciosas como a prata, sem falar em questão da possibilidade de existir água na Lua. A NASA já está mandando robôs para Marte, alimentados por energia solar e controlados daqui da Terra. Como isso, já estamos estudando a viabilidade de colonizar nosso vizinho vermelho (veja reportagem).

Para nós, igreja, essa expansão nos colocará em um novo desafio missionário. Se hoje temos dificuldade de alcançar todas as nações, imagine alcançar colônias em outros planetas.

Considerações

Não sei como você reagiu a tudo o que escrevi. Se você está cético quanto aos assuntos abordados, respeito sua opinião, mas se você chegou até aqui, você provavelmente levou o texto a sério. Então peço para você que pesquise um pouco a respeito, e pondere sobre o assunto.
Talvez você esteja desconfortável com essas evoluções. De fato, as mudanças que elas trarão causarão grandes impactos na sociedade, e os problemas também surgirão, e da mesma forma, exponencialmente. Existem muitas questões éticas para se discutir, e no nosso caso, também religiosas. Acredito que, como igreja, devemos ser mais participativos na sociedade e nas discussões científicas, não se opondo ou negando-as (sem razão), mas entendendo-as à luz da bíblia, e ajudando às pessoas entenderem que religião e ciência não são visões opostas, mas sim complementares.


Referências:

Vídeos

-- Singularity University -------------------------------

The Singularity University
http://www.youtube.com/watch?v=D04U75m7AMo
http://www.youtube.com/watch?v=WCF_cwhW2mE

Peter Diamandis - Apresentação do Executive Program FIAP - Singularity University
http://www.youtube.com/watch?v=7zDgIQaJs3Y


Dan Barry - Follow your Dreams - parte01
http://www.youtube.com/watch?v=KDr_4PyhkKc

Dan Barry - Follow your Dreams - parte02
http://www.youtube.com/watch?v=dGqAuKXb_uA

Dan Barry - Follow your Dreams - parte03
http://www.youtube.com/watch?v=JAaceTEleWs

Dan Barry - Follow your Dreams - parte04
http://www.youtube.com/watch?v=NTiSFBd7RLQ


Palestra do Dr. Ray Kurzweil no Programa Executivo da SU - parte 01
http://www.youtube.com/watch?v=P19yx3egZbs

Palestra do Dr. Ray Kurzweil no Programa Executivo da SU - parte 02
http://www.youtube.com/watch?v=Mb9b7sNvy5k

Palestra do Dr. Ray Kurzweil no Programa Executivo da SU - parte 03
http://www.youtube.com/watch?v=XNhOsgfoims

Palestra do Dr. Ray Kurzweil no Programa Executivo da SU - parte 04
http://www.youtube.com/watch?v=ac1Jfs6ZT6Y

Palestra do Dr. Ray Kurzweil no Programa Executivo da SU - parte 05
http://www.youtube.com/watch?v=sJOpgrW1Whw


Andrew Hessel e o Futuro da Biologia Sintética
http://www.youtube.com/watch?v=1EPCY4EiQd0


Fundamentos da Biotecnologia - parte 01
http://www.youtube.com/watch?v=vUex0mGuv-s

Fundamentos da Biotecnologia - parte 02
http://www.youtube.com/watch?v=INoAPaIOyiI

Fundamentos da Biotecnologia - parte 03
http://www.youtube.com/watch?v=a2v2hiGhFGg

Fundamentos da Biotecnologia - parte 04
http://www.youtube.com/watch?v=99U0NESBJEQ

Fundamentos da Biotecnologia - parte 05
http://www.youtube.com/watch?v=-xdUMxRccEU

Fundamentos da Biotecnologia - parte 06
http://www.youtube.com/watch?v=m3QoqPY1sMU


Daniel Kraft e o Futuro da Medicina
http://www.youtube.com/watch?v=Mtoi1NbbDnY


Dan Barry em o Futuro da Robótica - parte 01
http://www.youtube.com/watch?v=SzbgV5uKBNs

Dan Barry em o Futuro da Robótica - parte 02
http://www.youtube.com/watch?v=6HziSv8IAeU


Neil Jacobstein - Inteligência Artificial: o que, como e quando? - Parte 01
http://www.youtube.com/watch?v=CIOSY3X1noE

Neil Jacobstein - Inteligência Artificial: o que, como e quando? - Parte 02
http://www.youtube.com/watch?v=M73olXUcEoQ

Neil Jacobstein - Inteligência Artificial: o que, como e quando? - Parte 03
http://www.youtube.com/watch?v=hA3ia6fguyI

Neil Jacobstein - Inteligência Artificial: o que, como e quando? - Parte 04
http://www.youtube.com/watch?v=cNP4m8adP5U

Neil Jacobstein - Inteligência Artificial: o que, como e quando? - Parte 05
http://www.youtube.com/watch?v=sw9b-UgfLxE


Ralph Merkle - O futuro da nanotecnologia
http://www.youtube.com/watch?v=cSV3SV1vm3A


vDr. Ralph Merkle e a Nanotecnologia Molecular. parte 01
http://www.youtube.com/watch?v=IFq_pt-9LNA

Dr. Ralph Merkle e a Nanotecnologia Molecular. parte 02
http://www.youtube.com/watch?v=_ouWBeZTk44

Dr. Ralph Merkle e a Nanotecnologia Molecular. parte 03
http://www.youtube.com/watch?v=jt0ZXDN_exI

Dr. Ralph Merkle e a Nanotecnologia Molecular. parte 04
http://www.youtube.com/watch?v=DSqF7yxx97s

Dr. Ralph Merkle e a Nanotecnologia Molecular. parte 05
http://www.youtube.com/watch?v=HIHkp1yfHfQ


Jonathan Zittrain fala sobre tecnologias colaborativas e o futuro da Internet. parte 01
http://www.youtube.com/watch?v=U16ya7lJLtI

Jonathan Zittrain fala sobre tecnologias colaborativas e o futuro da Internet. parte 02
http://www.youtube.com/watch?v=k8tNadtXBYQ

Jonathan Zittrain fala sobre tecnologias colaborativas e o futuro da Internet. parte 03
http://www.youtube.com/watch?v=BQkOW2ijKeQ

Jonathan Zittrain fala sobre tecnologias colaborativas e o futuro da Internet. parte 04
http://www.youtube.com/watch?v=e24J7WKGcQ0

Jonathan Zittrain fala sobre tecnologias colaborativas e o futuro da Internet. parte 05
http://www.youtube.com/watch?v=YCXtXDKohvU

Jonathan Zittrain fala sobre tecnologias colaborativas e o futuro da Internet. parte 06
http://www.youtube.com/watch?v=Wadj4WMobj8

Jonathan Zittrain fala sobre tecnologias colaborativas e o futuro da Internet. parte 07

Jonathan Zittrain fala sobre tecnologias colaborativas e o futuro da Internet. parte 08

Jonathan Zittrain fala sobre tecnologias colaborativas e o futuro da Internet. parte 09
http://www.youtube.com/watch?v=t8mFdiwMgU0

Jonathan Zittrain fala sobre tecnologias colaborativas e o futuro da Internet. parte 10
http://www.youtube.com/watch?v=Sy8kWPr4OsM

Jonathan Zittrain fala sobre tecnologias colaborativas e o futuro da Internet. parte 11
http://www.youtube.com/watch?v=NyRTrLiyR_w


Brad Templeton -- Segurança da Informação na Internet - parte01
http://www.youtube.com/watch?v=eUTjfgeEx8E

Brad Templeton -- Segurança da Informação na Internet - parte02
http://www.youtube.com/watch?v=2N3KWQHVWCw

Brad Templeton -- Segurança da Informação na Internet - parte03
http://www.youtube.com/watch?v=EUG9Zskgagk

Brad Templeton -- Segurança da Informação na Internet - parte04
http://www.youtube.com/watch?v=ouRhMFecFus

Brad Templeton -- Segurança da Informação na Internet - parte05
http://www.youtube.com/watch?v=rnNljRTJaFM

Brad Templeton -- Segurança da Informação na Internet - parte06
http://www.youtube.com/watch?v=NWRGGRN-mIM


Philip Rosedale fala sobre os Mundos Virtuais e o Second Life. parte 01
http://www.youtube.com/watch?v=4oXFpLaO6YA

Philip Rosedale fala sobre os Mundos Virtuais e o Second Life. parte 02
http://www.youtube.com/watch?v=WXqRZNz4pOU

Philip Rosedale fala sobre os Mundos Virtuais e o Second Life. parte 03
http://www.youtube.com/watch?v=YxE0QP224Fo

Philip Rosedale fala sobre os Mundos Virtuais e o Second Life. parte 04
http://www.youtube.com/watch?v=JsWGaQmBDzk

Philip Rosedale fala sobre os Mundos Virtuais e o Second Life. parte 05
http://www.youtube.com/watch?v=FokQAQEArcE

Philip Rosedale fala sobre os Mundos Virtuais e o Second Life. parte 06
http://www.youtube.com/watch?v=EKrVlzz0TYk


Larry Smarr - Supercomputação e o Cérebro Humano - parte01
http://www.youtube.com/watch?v=QwPUEOroUtw

Larry Smarr - Supercomputação e o Cérebro Humano - parte02
http://www.youtube.com/watch?v=WHsRYiJ_9m0

Larry Smarr - Supercomputação e o Cérebro Humano - parte03
http://www.youtube.com/watch?v=2T6O_ahPlfA

Larry Smarr - Supercomputação e o Cérebro Humano - parte04
http://www.youtube.com/watch?v=COrlm--JVOY

Larry Smarr - Supercomputação e o Cérebro Humano - parte05
http://www.youtube.com/watch?v=tzI4ggCzRJg


Vint Cerf - The Internet Today - parte 01
http://www.youtube.com/watch?v=0wBirrw1YgM

Vint Cerf - The Internet Today - parte 02
http://www.youtube.com/watch?v=xzvTVto3wQw

Vint Cerf - The Internet Today - parte 03
http://www.youtube.com/watch?v=alpw2jY_650

Vint Cerf - The Internet Today - parte 04
http://www.youtube.com/watch?v=HVomRCajQ1w

Vint Cerf - The Internet Today - parte 05
http://www.youtube.com/watch?v=oUlT0GfVRMM

Vint Cerf - The Internet Today - parte 06
http://www.youtube.com/watch?v=6HKLEcEXK48


Bob Metcalfe - Enernet - parte01
http://www.youtube.com/watch?v=GSR7aDXELRU

Bob Metcalfe - Enernet - parte02
http://www.youtube.com/watch?v=A7d7cjx6ksA

Bob Metcalfe - Enernet - parte03
http://www.youtube.com/watch?v=IHOPzumd5eQ

Bob Metcalfe - Enernet - parte04
http://www.youtube.com/watch?v=f7y8RSuUdm8

Bob Metcalfe - Enernet - parte05
http://www.youtube.com/watch?v=YUc9Ku2DCF8

Bob Metcalfe - Enernet - parte06
http://www.youtube.com/watch?v=0mg-4Ka7gHU

Bob Metcalfe - Enernet - parte07
http://www.youtube.com/watch?v=RLGnh97qc-g

Bob Metcalfe - Enernet - parte08
http://www.youtube.com/watch?v=P1yKrwacE4A


-- Did You Know -----------------------------------------

Did You Know? (Você Sabia?) - 2008 - Legendas PT-BR
http://www.youtube.com/watch?v=y7qGG0ro-MI

Did You Know 2.0
http://www.youtube.com/watch?v=pMcfrLYDm2U

Did You Know 3.0 - Você Sabia? 3.0 - Legendado em Português-Br
http://www.youtube.com/watch?v=xKps5DBJEJ4

Você Sabia? (Did you know 4.0 legendado)
http://www.youtube.com/watch?v=aAErx0d5yh0



Sites:

Singularity University
http://singularityu.org/

FIAP
http://www.fiap.com.br/portal/index.aspx

Inovação Técnológica
http://www.inovacaotecnologica.com.br/index.php

Blog Além de Códigos
http://www.alemdecodigos.com/2009/07/singularidade-ficcao-nao-realidade.html

Wikipedia
http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal




sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Visão financeira por indicadores - Dashboards



Eu sei que não é prática de toda denominação, mas normalmente na Batista (a qual pertenço), as decisões financeiras são tomadas em assembléia na igreja. As propostas são apresentadas para votação e, na maioria das vezes, sem qualquer informação efetiva que dê suporte para que as pessoas consigam nortear a sua decisão. 


Meu objetivo não é discutir qual a melhor forma de decidir sobre assuntos financeiros, mas como podemos ter uma "informação efetiva" para basear uma determinada decisão, ou mesmo saber como anda a "saúde financeira" da igreja. 


Deixe-me clarear com um exemplo: 


Na leitura do relatório financeiro mensal, é falada a seguinte informação: "Total de entradas de R$ 20.000,00, saída de R$ 18.000,00". A princípio, sem o histórico da igreja, diria que a situação da igreja está boa. Mas se acrescentassemos mais algumas informações como: 










Percebam que um quadro que parecia ser bom, tornou-se em tanto quanto ruim. Agora imagine que um membro não muito assíduo (para não dizer perdido) aparecesse na assembléia (onde só foi falada a informação de entrada e saída de verbas), e fosse colocado para votar a compra de um móvel novo de valor relativamente elevado para um determinado local, dizendo apenas o valor da parcela e em quantas vezes. Será que esse membro terá uma visão clara se é o momento de comprar esse móvel ou não?

Para esse tipo de situação, a pessoa teria um respaldo muito maior para a sua decisão se fosse apresentado um painél de informações resumidas (entre gráficos e indicadores) do cenário financeiro da igreja. Se esse painél for bem montado (e novamente reforço nossas palavras-chave: "informação efetiva/relevante"), com poucos indicadores é possível ter uma visão geral e de qualidade sobre o cenário da igreja e dar um respaldo substancial para as decisões que serão tomadas. Em uma das minhas aulas da minha pós-graduação, um professor disse que um executivo precisa de no máximo 7 indicadores para saber o andamento de uma empresa.


Existem algumas técnicas e conceitos para se chegar aos "bons indicadores" que abordarei no futuro. Não vou me aventurar a sugerir quais você deve considerar na sua igreja (estou mais para tecnologia do que para gestão), mas com algumas conversas entre a liderança da igreja, naturalmente vocês chegarão a alguns fatores que devem ser medidos.


Dentro da tecnologia, os sistemas responsáveis por dar "suporte à decisão" são os sistemas de Business Intelligence (BI), e para esse caso, a forma de visualização seria um dashboards, ou painél de indicadores. Implementar uma solução de BI é uma tarefa complicada e complexa. Não seria possível (nesse momento), empreender um projeto desse para uma igreja, mas com o excel da Microsoft pode-se conseguir excelentes resultados e análises consistentes. Caso não tenha ninguém em sua igreja que conheça bem de excell, aconselho a você comprar um livro sobre essa ferramenta e dedicar algum tempo para aprender a operá-la.


Exemplos


Busquei rapidamente algumas imagens de dashboards no google. As fontes estão logo abaixo das imagens. Agora se você quiser visualizar um exemplo de forma interativa, você pode baixar alguns dasboards de exemplo da Microstrategy (http://www.microstrategy.com.br/digital-dashboard/demos.asp). O interessante das ferramentas de dashboards é a interatividade que você tem com o painél. Para quem tem um blog do Blogger (Google), toda a parte de Estatísticas é um ótimo exemplo de utilização de dashboards.







terça-feira, 5 de outubro de 2010

Gerindo o conhecimento

Uma preocupação que as instituições possuem hoje (ou pelo menos deveriam), é de como armazenar o conhecimento adquirido de modo estruturado, permitindo recuperá-lo sempre que necessário. Tanto que em uma matéria recente da revista Você S/A sobre as profissões do futuro, constava na lista a de "Analista de memória institucional". 


Pensando historicamente, essa tendência é "natural". Os bens materiais de tecnologia,  estão se tornando exponencialmente mais baratos e mais potentes. Segundo os estudos da Singularity University (Faculdade da NASA, nos EUA), até 2023 um computador terá a mesma capacidade de processamento do cérebro humano, e até 2050, a mesma capacidade que todos os cérebros do planeta. Se falarmos em Smart Dust (nano-processadores interligados em processamento distribuido), a capacidade de processamento parece infinita. Da mesma forma, a capacidade de armazenamento de informações têm crescido exponencialmente, enquanto o seu custo têm diminuído também na mesma velocidade, fazendo com que sejamos capazes de armazenar todo o conhecimento gerado pela humanidade.


Para ajudar a visualizar melhor de como (e para onde) estamos caminhando, estou colocando dois vídeos abaixo da série "Did You Know?" ("Você sabia?").



Esse avanço tecnológico e cultural faz com que o principal "ativo" das empresas e instituições de hoje não sejam bens materiais, mas sim pessoas... especificamente, o conhecimento que essas pessoas possuem. Não é por menos que estamos na era da comunicação e da informação, da construção do conhecimento de forma colaborativa. Para uma instituição, perder um colaborador é muito mais do uma pessoa menos no grupo, é parte de seu conhecimento que está sendo perdido.


Falando agora no nosso contexto, igrejas, a necessidade de gerir conhecimento não é menos importante ou necessário do que nas instituições comerciais. Começando pelo básico, quantos sermões, estudos e reflexões já não foram feitos na sua igreja, e depois simplesmente perdidos? Excelentes pregações que passados alguns domingos cairam no esquecimento? Ou então, arquivados apenas os slides utilizados, que ao serem acessados, não falavam por si só o que foi pregado? Ou então, quantas vezes algo ficou parado porque a pessoa que fazia (ou faz) não está, e ninguém mais sabe fazer? Pensando em informações mais sutis, como eu guardo que determinada casa não tolerou uma abordagem de evangelização, e outra se mostrou bem receptiva, para que as próximas pessoas que participarem de uma evangelização de rua saibam previamente como lidar em cada uma das situações? Ou ainda, como armazenar sites e informações da web que são relavantes?


A resposta para  essas perguntas ainda não é muito clara, ou melhor, definida. Não existe uma solução ou ferramenta mágica que você irá implantar e solucionar essas questões de forma definitiva. No entanto, existem princípios para que isso funcione, e alternativas de como fazer fazer isso.


Princípios


Colaboração


Não adianta nomear um responsável por construir essa base de conhecimento. O conhecimento só é construído quando as pessoas se interagem e colaboram entre si, com discussões, comentários e críticas construtivas, ou outras formas de interação. Um exemplo claro de conhecimento gerado pela colaboração é a própria Wikipedia, maior enciclopédia do mundo, desenvolvida totalmente de forma colaborativa.


Recentemente eu assisti um vídeo de uma pesquisado do "Institute For The Future" ("Instituto para o futuro"), Jane McGonigal, que achei genial. Ela fala justamente sobre a construção colaborativa de conhecimento dentro de jogos on-line, e sugere que se as pessoas jogassem games on-lines relacionados aos grandes problemas que enfrentamos, poderíamos achar soluções de problemas simplesmente jogando no pc (para quem se interessou pelo vídeo, clique aqui para assisti-lo).


Comprometimento


Para que essa colaboração aconteça, é necessário que cada pessoa tenha um comprometimento pessoal com essa colaboração. Precisamos sempre manter o sentimento de que estamos fazendo parte de algo maior, que estamos colaborando para a construção de um conhecimento que ajudará pessoas no futuro, e por isso vale a pena gastar tempo armazenando essa informação que você possui. Particularmente, é o motivo pelo o qual eu escrevo esse blog, para que possa ser útil,de alguma forma, para pessoas que precisem de um conhecimento que talvez eu possa dar minha ponta de ajuda.


Apoio


A igreja, como em outras instituições, tem boas idéias enterradas por falta de apoio e visão da liderança. O incentivo da liderança para que esse tipo de iniciativa seja aplicada em toda a igreja é decisivo para o sucesso. Isso porque envolve a mudança de uma cultura, ou seja, as pessoas devem assimilar essa idéia e praticá-la, o que não é uma tarefa fácil. Mas se no seu caso você não tem esse apoio, procure pelo menos realizar no seu contexto, como, por exemplo, na sua sala de EBD, ou no grupo de louvor que você toca.


Idéias de aplicação


- Wikis


Basta navegar um pouco pela wikipedia (Wikipedia Brasil) para ver o como essas ferramentas são interessantes para catalogar e buscar conhecimento. O texto de um assunto leva aos assuntos, temas e palavras relacionados, tornando a leitura dinâmica e interativa. Outra vantagem é a interatividade que proporciona. No site  http://www.wiki.com/ você pode criar suas próprias wikis. Pode ser um bom caminho para a sua base de conhecimento.


- Fóruns


Eu tocava no grupo de louvor de uma igreja onde os membros criaram um fórum exclusivo para os participantes da equipe. Foi uma experiência muito interessante. Através do fórum eram decididas as músicas que seriam tocadas, compartilhavamos as experiências e sentimentos, eram sugeridas e votadas as músicas novas que seriam inseridas no repertório etc. 
Existem ferramentas de criação de fóruns, com diversas funcionalidades de configuração, permissões de acesso, etc. É uma solução interessante, mas a busca pelas informações armazenadas não é tão interativa quanto na wiki.


- Blogs


Uma solução interessante para armazenar e compartilhar idéias, mas não oferece uma interatividade entre as pessoas  tão grande quanto as opções anteriores. É uma boa solução para armazenar, por exemplo, pregações, estudos, reflexões etc. 
Recentemente, eu entrei em uma rede-social (http://ubeblog.ning.com) de "blogueiros cristãos", onde os membros conseguem se interagir, buscar e acompanhar os blogs de seu interesse, etc. Ainda não "explorei" essa ferramenta, mas achei muito interessante para encontrar pessoas com interesses em comum e construir conhecimento juntos.


- Documentos compartilhados


O uso de documentos compartilhados na web, como o google docs, é muito interessante para a construção de algo específico, por um grupo específico, como por exemplo a apresentação de um determinado projeto, mas não é prático para assuntos muitos genérios e/ou acessados por muitas pessoas.


- Youtube


Além de ser uma saída muito interessante para armazenar mensagens e pregações, pode ser usados para treinamentos, estudos, propagandas etc. Não é muito colaborativa, mas é uma saída para armazenar e divulgar vídeos da igreja. A principal dificuldade nesse ponto ainda é técnica/financeira. Nem todas as igrejas possuem recursos para adquirir os equipamentos necessários para realizar a captação do vídeo com qualidade (audio e visual).


- Web 2.0 (Redes Sociais)


Redes sociais são muito práticas pois englobam muito de todas as alternativas mais citadas. Aliás, hoje nós interagimos muito mais virtualmente com as pessoas do que pessoalmente, mesmo que essa pessoa esteja próxima. Mas a rede social tem seu lado negativo: Sem alguns cuidados, qualquer pessoa pode ter acesso ao que se está sendo falado. Particularmente, tenho uma experiência ruim de um projeto legal que foi finalizado por comentários em redes sociais, de pessoas da igreja que nem estavam envolvidas no assunto. Você tem que ter sabedoria para discernir o que pode ser discutido publicamente, e o que não pode.